Em entrevista à série Tropix Talks, Tinoco nos recebe em sua casa e ateliê para compartilhar os caminhos de sua produção e curiosidades sobre o seu processo de criação.
Combinando elementos da fotografia, colagem e pintura, o artista cria cenas que cativam o olhar do espectador com sua atenção aos detalhes. Compondo o que chama de “fotografia multidisciplinar”, Tinoco transporta a realidade para um campo expandido onde se encontra com outras áreas das artes visuais.
A partir de um vasto banco de fotografias autorais, Marcelo Tinoco alia imagem e pincéis digitais para a criação de cenas que são ao mesmo tempo etéreas e perenes. Seja através de suas colagens ou de suas pinturas, o espectador da obra do artista se encontrará fascinado pelos delicados encaixes que trazem harmonia às suas obras.
Provocado por Lucas Cimino, fundador da galeria Zipper, vez que sua produção já se valia dos processos digitais, Tinoco começa a explorar a criptoarte como maneira de expandir sua produção a outros universos criativos.
Entre os aspectos da criptoarte que o interessa, Tinoco destaca a facilidade de se manter uma coleção cada vez mais diversificada sem a necessidade de um espaço físico de arquivo. A descentralização do sistema também está entre os pontos de interesse do artista, especialmente porque isso potencializa um maior envolvimento entre artistas e colecionadores.
Ao nos depararmos com uma obra digital de Tinoco, podemos mergulhar em mais de uma faceta do artista, que além das artes plásticas também traz música em seu repertório. Sua produção vem acompanhada de trilhas autorais e luzes sequenciais que remetem ao tempo em que discotecava em festas paulistanas.
Através de softwares como o Photoshop, o artista cria suas obras usando pincéis digitais em uma mesa digitalizadora, onde é possível ver o complexo nível de detalhes de seus trabalhos. Em dos momentos do vídeo, por exemplo, em um gesto, Tinoco amplia a tela até poder trabalhar com os pretos que definem a divisão de cada célula do mosaico de cores que formam sua pintura.
Buscando referências na estética criada por Gaudí, arquiteto catalão reconhecido por seu uso ousado de cores e formas, Marcelo Tinoco traz o conceito topus uranus, mundo das ideias do filósofo Platão, para a criação de “O Mundo das Ideias”, seu último lançamento com a Tropix.
Para animar essa obra que então será certificada em NFT, o artista retorna aos detalhes de cada célula que compõem o cenário gaudiniano e altera suas cores a fim de criar um jogo de luzes que remete às sinapses da células nervosas do cérebro humano, através das quais somos capazes de nos comunicar e produzir conceitos complexos.
Em outra obra com certificação NFT lançada através da Tropix, Marcelo Tinoco inicia seu trabalho fazendo uma massiva captação de imagens em Coney Island, EUA, e em um parque infantil na Suécia para então criar “Electropia de Verão”. Nela, Tinoco usa seus pincéis digitais para reimaginar uma Coney Island antes da Segunda Guerra, numa distopia onde não é possível ver adultos ou lojas abertas, apenas crianças e seus carros elétricos embaladas por uma trilha eletropop criada pelo artista.
Aliando sua vasta produção e a pluralidade das linguagens artísticas que utiliza, as obras digitais com certificação NFT de Marcelo Tinoco trazem uma explosão de cores e movimentos que aproveitam por completo o potencial oferecido pelos formatos digitais.
Veja a entrevista completa e conheça mais sobre Marcelo Tinoco no vídeo disponível no canal da Tropix no Youtube: