A Tropix esteve presente na SP-Arte, a maior feira de arte da América Latina, que aconteceu de 6 a 10 de Abril no pavilhão da Bienal localizado no parque Ibirapuera.
Com a participação de 21 criptoartistas em parceria com 12 galerias, a Tropix apresentou NFTs como uma inovação no evento, em um conjunto exposto simultaneamente no site e na feira, com curadoria assinada por Marcio Harum.
Conheça os artistas participantes:
Alice Quaresma
Nasceu no Brasil em 1985 e vive atualmente em Nova York. É formada em belas artes pela Central Saint Martins de Londres, mestre em artes plásticas pelo Instituto Pratt de Nova York e pós bacharel em História da Arte pela Universidade de Columbia, Nova York.
O título do NFT é “Glorious Spell of Sobriety”. Essa obra foca na ideia da imagem como um registro subjetivo/abstrato, explorando o campo da imaginação, misturando técnicas antigas, como negativos de 35 mm com imagens digitais e geometrias criadas no computador. A paisagem criada nesse NFT é uma representação do momento atual, onde percorremos um processo de transição e questionamento.
André Parente

André Parente é artista, pesquisador e professor titular da UFRJ. Obteve o doutorado na Universidade de Paris 8 sob a orientação de Gilles Deleuze na área de cinema e filosofia.
Em “1 Irreal”, o artista traz as palavras cunha e cunhado. O parentesco da palavra se resolve do outro lado da moeda. Temer, Temeritatem. Dois lados de uma só moeda: a moeda do golpe no Brasil, contendo o rosto de seus dois principais conspiradores. Fazer girar cara ou coroa não diferencia o resultado extremo de um sistema de trocas que levou a fragata ao naufrágio. Cabe a nós recolher as moedas como pistas de uma história ainda por vir.
Gretta Sarfaty
Gretta Alegre Sarfaty também conhecida como Gretta Grzywacz e Greta Sarfaty Marchant, é uma pintora, desenhista, gravadora, fotógrafa e artista multimídia brasileira que ganhou reconhecimento internacional no final dos anos 1970, a partir de seus trabalhos artísticos relacionados à Body art e ao Feminismo.
“Spresiano Shower in the Thai-Si” é a primeira obra em formato NFT da artista Gretta Sarfaty, pioneira da body-art e arte feminista. Neste trabalho, Sarfaty – renomada por suas obras históricas – apresenta seu corpo nu capturado através do vidro jateado do chuveiro.
Giselle Beiguelman
Giselle Beiguelman (São Paulo, 1962) vive e trabalha em São Paulo. Artista e professora da FAU USP, é pioneira no campo da arte digital e no uso da internet e de redes móveis para intervenções artísticas.
Em “CoroNews” buscas por notícias do Coronavírus tiveram seus códigos de formatação embaralhados de forma automatizada e generativa pela artista. No ruído visual e sonoro que se apresenta, revelam-se todas as mazelas da gestão desastrosa da pandemia no Brasil.
Guilherme Callegari
Guilherme Callegari nasceu em 1986 em Santo André, hoje vive e trabalha em São Paulo. Graduou-se em Design Gráfico com ênfase em tipografia em 2011. Sua obra lida com temas do Design Gráfico/Comunicação e da pintura.
Sua obra lida com temas do Design Gráfico/Comunicação e da pintura. O artista se deixa contaminar por suas pesquisas em Design Gráfico na faculdade e passa a assumir essa temática como objeto de pesquisa em sua pintura.
Gustavo von Ha

A produção de Gustavo von Ha desenvolve-se a partir de diversos núcleos de obras que operam dentro e fora do sistema artístico, atuando em várias plataformas de circulação de imagens como a internet, as salas de cinema, as bibliotecas, o comércio ambulante e o espaço público.
Em “Automatic Writing X + Y” de Gustavo von Ha, avista-se jatos de cores em profusão de movimentos aleatórios, como se vislumbrassemos jorros de nosso próprio inconsciente.
O contato visual de nossos corpos estáticos a esses ritmos e rotações contemplativos se aproxima a efeitos hipnóticos. O artista tem lançadas outras obras pela Tropix.
Hugo Frasa
Hugo Frasa (1979- São Paulo,Brasil) – vive e trabalha em São Paulo – Brasil. Tem forte influência da produção dos anos 60 e 70 na arte brasileira, mas opera sem expectativas ou ambições através de seus esquemas, a matemática lúdica das dificuldades nos relacionamentos interpessoais.
“Give me your Hand” é uma experiência sensorial dedicada aos sentidos que envolvem a percepção musical. De inspiração voltada ao universo 3-D vintage de visualização, a sonoridade concebida integra uma longa pesquisa do artista em relação a sons e imagens que evocam sinais de music videos.
Jaime Prades e Claudio Rocha
Natural de Madri, Espanha, onde nasceu em 1958, Jaime Prades, filho de mãe brasileira e pai uruguaio, é nacionalizado brasileiro e uruguaio.
Claudio Rocha, artista visual brasileiro, nascido em São Paulo, em 1957.Editor da revista Tupigrafia, junto com Tony de Marco.
Os “Absurdos Radiantes” são filhos da combinação das experiências pictórico-tipográficas de Claudio Rocha com os personagens absurdos urbanos de Jaime Prades. Há entre eles uma identidade que se interconecta por meio de uma linguagem lúdica, atrevida e informal. Surgem da constatação de que nos primórdios da arte urbana dos anos 1980 os olhares privilegiavam texturas, imperfeições, sujeiras e procuravam integrar-se ao contexto das ruas.
João GG
João GG (Porto Alegre, 1986) vive e trabalha em São Paulo, produzindo pinturas, esculturas e instalações em que iluminação e ambientação são elementos centrais.
A obra “Unpolished Stone” consiste num videoclipe de pouco mais de 10 minutos feito inteiramente em computação gráfica, no qual sete pedras semipreciosas encontradas em diferentes regiões da América Latina – muitas no Brasil – foram escaneadas tridimensionalmente ou renderizadas a mão, gerando arquivos 3D que foram então programados para moverem-se numa sequência pré-roteirizada de cenas.
Nelson Porto
Nelson Porto (Rio de Janeiro, 1978) utiliza o desenho realista, a fotografia e o timelapse para desafiar a sua própria percepção a respeito do que é real,sendo essa investigação um dos pilares do seu trabalho artístico.
A série de vídeos-protesto generativos ‘FORA’ é construída a partir de sequências de imagens sintetizadas por modelos visuais de Machine Learning, a partir de inputs verbais cuidadosamente construídos e explorados pelo artista.
Paula Klien
Paula Klien (Rio de Janeiro, 1968) é uma das pioneiras na arte contemporânea, no Brasil, no uso do NFT. Inspirada na filosofia oriental milenar, a artista utiliza água e nanquim para pintar papéis e telas de grandes dimensões. Além disso, em sua prática, utiliza também a fotografia e a digigrafia.
A obra “Cards (Core)” é a simbiose perfeita entre o trabalho físico e orgânico da artista visual Paula Klien, realizado em meio à natureza nas águas doces de um rio, e a intervenção gráfica gerada sobre ela. A arte carrega em si energias opostas, que unidas, traduzem a beleza imperfeita, a harmonia e o equilíbrio.
PV Dias
PV Dias nasceu em Belém do Pará, e agora vive entre o Rio de Janeiro e o Pará. O artista é graduado em Comunicação Social, é mestrando em Ciências Sociais na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e tem formação pela Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no programa Formação e Deformação do ano de 2019.
A obra “Outra possível família real no Norte da América do Sul” é pensada a partir de uma possibilidade de presente a partir de uma ruptura no passado colonial amazônico. Em frente a um Rio, não o de Janeiro, e sim o Rio Tocantins, uma outra família mais real é formada.
Pedro França e Rudá Babau
Pedro França estudou Design e História, é membro da Cia Teatral Ueinzz, dedica-se a práticas de educação e compartilhamento em artes e desde 2010 vem produzindo pinturas, vídeos, instalações e obras digitais dentro e fora do contexto sócio-cultural da arte contemporânea.
Rudá Babau nasceu em 1983 em Brasília, D.F., hoje vive e trabalha em Brasília. Estudou Engenharia Elétrica, Comunicação e História da Arte. Trabalha com filmes, jogos e documentos em hipertexto. Pesquisa os aspectos virtuais da experiência do real e os ruídos nas interfaces culturais.
“Memória de Muitos” é um site trabalho que é conservado e exibido em NFT. Na primeira etapa, um GIF é mintado com um endereço de repositório na descrição do token. Este repositório comporta um html e uma pasta de mídia onde também se encontra um vídeo screenshot do site em funcionamento como referência para possíveis reconstruções. Uma vez que a plataforma tiver tecnologia para embedar o site dentro de um token, o colecionador original deverá queimar o token original e os artistas ou agente dos mesmos mintarão o novo token que comporta a pasta multimídia.
Renato Pera
Renato Pera (São Paulo, 1984) vive e trabalha em São Paulo. Artista e professor, Pera é Doutor, Mestre e Bacharel em Artes Visuais pela Universidade de São Paulo. Foi bolsista do Dublin Institute of Technology (2018), CAPES/CNPQ (2019 – 2020) e FAPESP (2015 – 2016).
“Cabeças” consiste numa série composta por três vídeos nos quais a imagem da cabeça do próprio artista é objeto de diferentes eventos violentos (explosão, derretimento, decapitação). Tem o horror cinematográfico como campo de pesquisa e a noção de “terrir”.
Ricardo Villa

Ricardo Villa (São Paulo,1982) vive e trabalha em São Paulo. Formado em Arte e Cultura fotográfica pelo Centro Universitário Senac com Bolsa Prouni, o artista busca, com seu trabalho, demonstrar como ideologias dominantes determinam nossa compreensão histórica do conhecimento e do mundo enquanto natureza.
A gravura “O regresso de um proprietário” que compõem o álbum “Viagem pitoresca e histórica ao Brasil” de J. Baptiste Debret, elabora uma visão crítica de certos aspectos da vida social brasileira, destacando práticas e personagens de uma sociedade altamente hierarquizada. O GIF em loop da gravura se torna aqui ferramenta, focando a ideia de continuidade e permanência desses mesmos processos históricos.
Rodrigo Braga
Rodrigo Braga (Manaus, 1976) trabalha com ações performáticas e com construções manuais realizadas em paisagens naturais ou em relação à natureza presente no espaço urbano.
Os temas de “direita esquerda, preto e branco” são índices das dicotomias ideológicas de uma civilizações agora distantes do artista, ao largo de seu círculo de extenso raio — o campo empoeirado mas seguro que construiu para si, aproveitando-se da consciência de ser artista e de alquimias que o valham.
Thiago Martins
Vive e trabalha entre São Luís, São Paulo (Brasil) e Guadalajara (México). Mestre em Psicologia – Teoria e Pesquisa do Comportamento pela Universidade Federal do Pará (UFPA-PA). Artista visual, trabalha com pintura, escultura, instalação, animação em stop motion e gravura.
“Anunciação (Amazônia Mega Drive)” trata-se de um holograma que projeta, com tons de ficção científica, a imagem de um talismã. O objeto faz menção ao Muiraquitã, artefato dos povos originários do Baixo Amazonas. Com forte simbolismo, ele está ligado a funções sociopolíticas e é tido como portador de aspectos mágico-religiosos. O anfíbio esculpido na pedra verde, prostra-se em cima de uma igreja invertida que remete a um contra-efeito dos vetores coloniais de catequização, marcando o contraste espiritual. Embaixo, uma espada cruzada com um tacape simboliza o choque dos mundos pela via do confronto físico.
Simone Michelin

Artista e pesquisadora, Simone Michelin (Bento Gonçalves, RS, 1956) pertence à segunda geração da Videoarte Brasileira e ao grupo pioneiro de pesquisa em Arte, Ciência e Tecnologia no Brasil. Investiga o conceito de Domínio Público, tendo como foco o sujeito interfaceado pela arquitetura e pelas tecnologias do pós-humano.
“Homem ASCII TV” é uma fotografia transformada em ASCII (American Standard Code for Information Interchange). A ASCII art (ou Arte-ascii) é uma forma de expressão artística usando apenas os caracteres disponíveis nas tabelas de código de página de computadores.
Suzete Venturelli
Suzete Venturelli (São Paulo, São Paulo, 1956) é uma artista computacional. Graduou-se em desenho e plástica pela Universidade Mackenzie em 1978. Em 1981, na França, obteve o título de mestre em “Histoire de l’Art et Archéologie na Université Montpellier III – Paul Valery”.
A “Desflorestamento Zero” tem como referência as campanhas de proteção ambiental da organização ativista Greenpeace. A obra é definida como arte generativa computacional, e foi iniciada em 2013. A interação ocorre por meio da tecnologia de Realidade Aumenta.
Tania Fraga
Artista, arquiteta e designer com extensa formação acadêmica e trabalho com arte computacional interativa, através do uso de tecnologias de realidade virtual e robótica. Criadora compulsiva, com extensas premiações, tem participado de eventos, congressos, exposições, espetáculos, conferências e publicações ao redor do mundo, nos últimos 43 anos.
“Jardim de Epicuro I” é um vídeo de um ciclo do software customizado JardimDeEpicuro aplicado em instalações site-specific. Ele mostra vislumbres Dionisíacos da natureza através de um sublime universo numérico — infinito, potencial, imaginário, multidimensional. Humanos e máquinas atuam em simbiose.