O que começou como um experimento em 2012, é hoje uma indústria que movimenta milhões. Desde sua criação, os tokens não-fungíveis tem se mostrado inovadores, seja pela sua praticidade ou pelo seu potencial disruptivo.
Nestes últimos anos, diversas coleções foram criadas, apresentando oportunidades únicas a artistas e colecionadores, mas algumas delas se destacam por abrir precedentes nunca antes vistos.
Vamos conhecer as coleções que vem revolucionando o mercado de NFTs:
CryptoPunks
Antes mesmo do padrão não-fungível ser criado na rede Ethereum, Matt Hall e John Watkinson criaram esta coleção a partir de um contrato fungível modificado para produzir tokens únicos, que serviria de inspiração para o padrão usado por NFTs hoje em dia.
Lançado em 2017, os CryptoPunks são uma coleção de 10.000 avatares estilo 8-bit criados de forma generativa, com cerca de 100 propriedades diferentes que combinadas tornam cada Punk único.
9.000 dos 10.000 Punks criados foram disponibilizados gratuitamente em seu lançamento, exceto pela taxa gas da rede Ethereum que na época era de apenas alguns centavos de dólar. Apesar de um início lento, a coleção esgotou assim que o site Mashable publicou uma matéria sobre os Punks, explicando o conceito de NFTs.
Desde então, a coleção passou por altos e baixos, desde negociações milionárias até controvérsias. Mas não há dúvidas de que os CryptoPunks se tornaram parte da história dos NFTs, sendo a coleção com maior volume de venda até o momento.
CryptoKitties
Os CryptoKitties não foram os primeiros NFTs a povoar a blockchain, mas sem dúvida foram um divisor de águas na forma com que nos relacionamos com esses ativos.
Essa coleção foi a primeira a se tornar realmente viral. Notícias sobre as imagens de gatinhos cripto, que poderiam ser criados e negociados, circularam pela mídia mundo afora, em parte devido a questionamentos sobre seu valor e em parte pela possibilidade de ganhar dinheiro com um jogo tão simples.
A comoção gerada por este interesse levou ao congestionamento da rede Ethereum, impedindo com que outras operações na rede pudessem ser efetivadas e inflando as taxas gas a alturas nunca antes vistas.
Devido às limitações enfrentadas na rede Ethereum, os desenvolvedores do jogo optaram por migrar para uma blockchain própria, a Flow. Com esta mudança, CryptoKitties se tornaram mais acessíveis, pois não estão mais sujeitos à flutuação de taxas gas.
Atualmente, a coleção conta com cerca de 2 milhões de itens distribuídos em mais de 100 mil carteiras.
Bored Ape Yacht Club
Apesar de terem sido criados após a explosão de popularidade dos NFTs, os Bored Apes são o principal ponto de referência que muitos têm sobre os famosos tokens não-fungíveis.
Assim como outras coleções similares, os desenhos dos macacos são criados generativamente a partir de um conjunto de características, 170 para ser mais exato, que quando combinadas resultam em 10.000 imagens únicas. Mas, ao contrário do que muitos pensam, a Bored Ape Yacht Club é mais do que uma coleção de avatares não fungíveis.
Diferente de projetos anteriores, a Bored Ape Yacht Club oferece utilidades associadas ao seu NFT, ou seja, é de fato um clube de macacos entediados aproveitando o melhor da vida. Ao comprar um Ape você ganha acesso a grupos exclusivos, festas e eventos na vida real, entre outros.
Outra utilidade do token é que ele garante ao seu proprietário os direitos de uso de imagem do Ape, podendo ser utilizado de diversas formas. Em breve poderemos ver algumas dessas possibilidades da série “White Horse Tavern” produzida por Seth Green e estrelada por seu Bored Ape #8398
World of Women
World of Women é uma coleção igualmente recente na linha do tempo dos NFTs, mas a sua importância histórica está em seus valores e em sua comunidade.
Buscando igualdade e representatividade num espaço, em sua maioria, dominado por homens, World of Women é uma coleção de 10.000 avatares de mulheres diversas, cada uma com características únicas.
Seu foco está na educação e inclusão, trazendo em seu roadmap ações como a criação de um museu e uma universidade de web 3.0 no metaverso The SandBox, além dos espaços educacionais já existentes em suas redes sociais.
World of Women tem entre seus apoiadores celebridades como Reese Whiterspoon que, junto com sua produtora Hello Sunshine, pretende levar a coleção às telinhas com filmes, eventos e séries.
Azuki
Com planos de ser muito mais do que apenas uma coleção de avatares, a Azuki pretende ser a primeira marca real da web 3.0, uma que será construída de forma descentralizada por sua comunidade.
A coleção de 10.000 avatares em estilo anime pegou muita gente de surpresa, considerando sua ascensão vertiginosa nos rankings de coleções NFTs. Em cerca de 3 meses, itens já estavam sendo negociados próximos a um milhão de dólares.
Similar a outras coleções, Azuki possui diversas utilidades que serão desbloqueadas à medida em que o projeto se desenvolve. Até o momento, estão em andamento itens colecionáveis físicos, eventos e até um metaverso.
O que os coloca num patamar diferente não é apenas o seu sucesso estrondoso, mas sim o formato descentralizado de construção de sua marca. Apesar de possuir um time por trás de seu roadmap, a comunidade exerce um importante papel nas decisões que ditam seu futuro.